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PowerSlave Exhumed – Análise

A Nightdive Studios tem feito um trabalho incrível na recuperação de alguns clássicos dos anos 90 do século passado e na capacidade de os transpor para as consolas atuais com o máximo de cuidado e respeito pelo seu legado. Depois de um conjunto de propostas de sucesso como Turok, PowerSlave: Exhumed é a aposta mais recente da produtora, trazendo um FPS clássico para a Nintendo Switch com sucesso admirável.

Os jogadores mais jovens ou recém-chegados podem não conhecer ou perceber a relevância de PowerSlave: Exhumed ao fim de mais de duas décadas. Lançado originalmente em 1996 para PC e consolas com o nome de Exhumed na Europa não teve um sucesso comercial significativo, foi erroneamente considerado um clone de DOOM, mas conseguiu impor-se como obra de culto junto dos aficionados do género. O cerne da ação mantém o padrão dessa era com arenas e corredores restritos, mas o jogo é muito mais que isso.

Uma fusão equilibrada entre ação e aventura, algo que era inovador e moderno na altura de lançamento, e tem aqui uma transição muito feliz para a Nintendo Switch. O faraó Ramsés é uma múmia egípcia que foi exumada para fins menos nobres: seres alienígenas pretendem usar os seus poderes para dominar o mundo. Ramsés passa assim a ajudar um agente das forças especiais controlado pelo jogador e transmite informações úteis ao longo do jogo. Abraçando a cultura egípcia, com uns toques de presença alienígena, Exhumed é uma espécie de proto-Metroid Prime com uma estrutura mais aberta do que a aquisição de habilidades que desbloqueiam novos caminhos e espaços, e oportunidades de combate. Um enredo sobrenatural, um arsenal de armas satisfatório, plataformas, e um foco na exploração, fazem deste FPS uma verdadeira pérola. No entanto desengane-se quem pensa que são favas contadas, PowerSlave: Exhumed é extremamente exigente sobretudo nas áreas finais, parecendo por vezes injusto para com o jogador. Já no que diz respeito à variedade de inimigos, haveria aqui espaço para melhorias no início da aventura, são demasiados insetos chatos.

A base de trabalho era boa mas a Nightdive Studios teve a excelente ideia de fundir as diferenças de desenho das versões SEGA Saturn e PlayStation, com as suas particularidades, dando-lhe assim ares de edição definitiva. Além disso são adicionadas novidades que inclui a possibilidade de jogar em “widescreen” e outras melhorias gráficas que tornam a apresentação extremamente suave nas televisões modernas. A adaptação para os comandos da Nintendo Switch é também muito satisfatória, com destaque máximo para a inclusão de controlos por movimentos.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
9 10 0 1
Uma vez mais a Nightdive Studios acertou em cheio. Traz a melhor versão de um clássico de culto para as plataformas modernas, mostrando como PowerSlave: Exhumed estava à frente do seu tempo. Desafiante, divertido e envolvente. Recomendado para todos os fãs do género.
Uma vez mais a Nightdive Studios acertou em cheio. Traz a melhor versão de um clássico de culto para as plataformas modernas, mostrando como PowerSlave: Exhumed estava à frente do seu tempo. Desafiante, divertido e envolvente. Recomendado para todos os fãs do género.
9/10
Total Score

Pontos postivos

  • Fusão entre cultura egípcia e alienígenas
  • Foco acentuado na exploração
  • Adaptação quase perfeita para a Nintendo Switch

Pontos negativos

  • Falta de variedade de inimigos no início
  • Momentos muito exigentes que trazem amargos de boca

Nuno Nêveda

Calorias, nutrientes e Nintendo. Três palavras que definem o maior fã de F-Zero cá do sítio. Adepto de hábitos alimentares saudáveis, quando não anda atrás de uma balança, costuma estar ocupado com as notícias mais prementes e as análises mais exigentes.