Lost Words: Beyond the Page – Análise
Lost Words: Beyond the Page é uma aventura emotiva onde as palavras de uma jovem escritora ganham vida e fazem deste um jogo imersivo como poucos, surpreendente num género habitualmente conhecido por não dar ênfase ao enredo e à componente narrativa.

A jogabilidade assenta numa mistura de plataformas com quebra-cabeças, sendo a sua mecânica principal a escrita. Começamos o jogo com a elaboração de um diário onde o ritmo de jogo e a sua estrutura tentam acompanhar o estado de espírito da protagonista, o que é feito de forma competente e dá ao jogador uma variedade atípica na experiência de jogo. O início do jogo é bastante lento e a sua natureza introdutória em jeito de tutorial não é uma atenuante. O enredo consegue camuflar a introdução longa de forma eficaz mas os jogadores menos pacientes vão perder algum interesse.
A escrita serve de método de escape à nossa personagem, seja quando escreve no seu diário ou quando nos transmite uma história fantástica de uma jovem na sua procura de um dragão. A interligação entre as histórias paralelas é muito bem feita e embora deixe alguma margem interpretativa para o jogador, a sua construção deixa bem patente o que a autora pretende transmitir. A história é interessante mas por vezes demasiado linear, tornando-se algo previsível embora isto seja compreensível dadas as temáticas envolvidas. Fica ainda a sensação que dada a imersividade, o fator surpresa beneficiaria bastante de uma perceção mais global da obra.
A temática e jogabilidade são acompanhadas de uma direção artística belíssima e com base num estilo que nos habituámos a ver em livros infantis, mantendo assim a coerência da obra. A banda sonora cumpre o seu papel de complementar todos os elementos, sublinhando cada etapa. Todos estes fatores trabalham em harmonia e numa perfeita simbiose valendo como um todo e tornando Lost Words: Beyond the Page uma experiência interativa memorável que não deve passar ao lado de ninguém.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Enredo forte e imersivo
- Todos os elementos em perfeita simbiose
Pontos negativos
- Início de jogo algo lento
- Enredo algo prevísivel

Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.