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The Falconeer: Warrior Edition – Análise

The Falconeer: Warrior Edition é uma versão mais completa do jogo de combate aéreo que foi um dos títulos de lançamento da consola Xbox Series X. Além de todo o conteúdo original, esta Warrior Edition também nos dá acesso à nova expansão intitulada Edge of the World. Encontramos aqui um cenário com uma mistura extremamente invulgar mas interessante, um mundo apelidado de Great Ursee onde um oceano vasto, não muito diferente do de Wind Waker, é povoado por piratas e onde a jogabilidade é baseada em combates aéreos a partir de aves gigantescas.

Se as capacidades técnicas da Nintendo Switch estão bastante longe do que se encontra em consolas mais recentes, a Wired Productions soube rentabilizar esta plataforma ao máximo. A direção artística, que segue um estilo “cel shading”, apresenta-se com um padrão de qualidade elevado, mesmo quando jogado no ecrã da Switch onde se verifica uma descida na resolução. Recebemos o jogo para antevisão alguns meses antes, onde elogiámos o fantástico trabalho de Tomas Sala em maximizar as capacidades gráficas da consola, apesar da diferença entre a Switch e o formato original do jogo. Foi com agrado que ao revisitar o jogo para análise constatámos que foram feitas várias melhorias neste aspeto e que está cada vez mais próximo das suas congéneres. A experiência portátil é particularmente interessante, dada a divisão do jogo em pequenas missões que permitem jogar The Falconeer fora de casa durante momentos mais curtos. Embora grande parte do mapa se resuma a um oceano e ao firmamento celestial, o nível de pormenor é impressionante, desde a ondulação aos fenómenos climatéricos, tudo contribui para uma experiência visual avassaladora e difícil de interiorizar que tenha sido concebida por uma só pessoa.

Além do enredo principal podemos explorar o mapa de forma livre e participar em missões secundárias. O nosso pássaro de combate tem um aspeto bastante poderoso desde o início mas é possível implementar melhorias nas suas capacidades ao longo do tempo. As missões são bastante repetitivas embora também se encontre uma certa variedade que inclui missões ofensivas, defensivas ou de resgate. São sobretudo pretextos para se seguir o indicador presente no mapa e encadear sessões de combate. O protagonista acaba por ser o combate aéreo. Este apresenta uma curva de aprendizagem que vai muito além dos tutoriais iniciais ou das informações recolhidas nas primeiras missões de jogo. Sob um manto de simplicidade esconde-se um sistema de combate completo, onde o tempo de reação e antecipação da trajetória inimiga têm um papel demasiado preponderante. A jogabilidade é acessível para nos iniciarmos na aventura, mas leva bastante tempo até atingirmos um nível de mestria. O uso do HD Rumble encontra-se bem equilibrado, o que é de elogiar num jogo onde as explosões são constantes e poderiam facilmente ser exageradas.

Falando em exageros, é o termo que melhor encaixa com o trabalho de narração, demasiado forçado e com um uso excessivo de sotaques carregados para contar a sua história. A longevidade é bastante satisfatória e o conteúdo adicional estende ainda mais os nossos horizontes. Além de novas missões e classes, destaca-se a possibilidade de aumentar o nível máximo, anteriormente fixado em 20.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
9 10 0 1
Com as diferenças cada vez mais evidentes de capacidades técnicas entre a Nintendo Switch e as consolas de nova geração, The Falconeer: Warrior Edition é uma das conversões mais ousadas e competentes no catálogo. Apresenta uma fluidez rara em jogos de ação na consola e uma direção artística deslumbrante. Perde pouco face às versões concorrentes mas beneficia imenso da sua nova faceta portátil dada a estrutura de missões de curta duração. Uma aventura que não deve ser ignorada por nenhum jogador.
Com as diferenças cada vez mais evidentes de capacidades técnicas entre a Nintendo Switch e as consolas de nova geração, The Falconeer: Warrior Edition é uma das conversões mais ousadas e competentes no catálogo. Apresenta uma fluidez rara em jogos de ação na consola e uma direção artística deslumbrante. Perde pouco face às versões concorrentes mas beneficia imenso da sua nova faceta portátil dada a estrutura de missões de curta duração. Uma aventura que não deve ser ignorada por nenhum jogador.
9/10
Total Score

Pontos positivos

  • Tecnicamente impressionante
  • Direção artística deslumbrante
  • Sistema de combate exigente
  • Encaixa muito bem na vertente portátil

Pontos negativos

  • Demora a tornar-se interessante
  • Demasiado repetitivo

Sérgio Mota

Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.