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Skully – Análise

Skully é um jogo de plataformas onde temos de resolver pequenos quebra-cabeças e que nos chega pelas mãos da Finish Line Games. Motivado por um conto sobre um conflito entre deuses que controlam os elementos, o jogador é instigado a pôr fim ao conflito. A história está recheada de humor e de reviravoltas e é contada através de dioramas visualmente interessantes. A direção artística é bastante apelativa e procura dar uma visão realista, embora siga sempre a temática fantástica do jogo. O jogo inclui rios, florestas, cavernas e vulcões, todos eles ricos em elementos diferenciados.

A ambição da vertente artística colide demasiadas vezes com as capacidades da consola: as quebras de fluidez são constantes e a resolução apresenta-se de forma demasiado inconstante. O protagonista é um pequeno crânio que se desloca com uma amplitude de movimentos reduzida. O que lhe confere a versatilidade necessária para tornar o jogo interessante é a capacidade de se transformar em três tipos de “golems” diferentes em alguns locais específicos do mapa, representados por poças de lama que numa fase inicial servem apenas como pontos de controlo mas que vão evoluindo à medida que a aventura se alarga.

A curva de aprendizagem acompanha bem a dificuldade programada do jogo. Infelizmente a maior dificuldade não se prende com o desenho de níveis ou com o desafio dos quebra-cabeças mas antes com os problemas técnicos e com uma câmara completamente desadequada, algo que se torna ainda mais claro nos níveis persecutórios.  Outra vertente explorada é a do combate contra os “bosses” finais, uma mistura interessante entre as nossas capacidades no que diz respeito a ação em plataformas e alguns embates táticos no inimigo, um conceito simples mas desafiante. Contra os adversários comuns as habilidades dos nossos “golems” são suficientes em qualquer desafio adicional.  A banda sonora que acompanha a aventura é um ponto alto do jogo e é acompanhada de uma narração competente que envolve o jogador na temática do jogo de forma eficaz.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
6 10 0 1
Skully é um jogo de plataformas carregado de boas ideias mas assolado por demasiados problemas técnicos. É um dos raros casos onde uma atualização milagrosa o tornaria um jogo de referência no catálogo da eShop, mas que nas condições actuais é demasiado frustrante para fazer sobressair o seu (excelente) conteúdo.
Skully é um jogo de plataformas carregado de boas ideias mas assolado por demasiados problemas técnicos. É um dos raros casos onde uma atualização milagrosa o tornaria um jogo de referência no catálogo da eShop, mas que nas condições actuais é demasiado frustrante para fazer sobressair o seu (excelente) conteúdo.
6/10
Total Score

Pontos positivos

  • Quebra-cabeças interessantes e desafiantes
  • História surpreendente
  • Banda sonora

Pontos negativos

  • Incoerência visual
  • Problemas de câmara
  • Fluidez inconsistente

Sérgio Mota

Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.