AnálisesSwitch

Journey to the Savage Planet – Análise

Journey to the Savage Planet é a primeira obra da ainda jovem Typhoon Studios, fruto de uma colaboração entre criativos da Ubisoft, Electronic Arts e WB Games Montreal. Trata-se de um jogo de aventura na primeira pessoa que coloca o jogador num planeta selvagem recém-descoberto, cabendo-lhe explorá-lo para apurar se pode ser colonizado.

Acompanhado de uma inteligência artificial que tem tanto de útil como de sarcástica, damos os primeiros passos no planeta ARY-26 a recolher amostras de várias formas de vida e outros recursos para criar uma pistola que nos acompanha até ao fim da aventura. A pistola é fundamental, já que é em torno dela que a jogabilidade se desenvolve. Ao longo do jogo teremos ainda acesso a outras ferramentas que ajudam a moldar a experiência e a torná-la mais complexa que um simples FPS, como um propulsor a jato que ajuda a alcançar posições mais elevadas ou um gancho que facilita o movimento por zonas mais densas, as hipóteses são mais que muitas na forma como cada um pode abordar a exploração do planeta. Ainda para mais, o ciclo de melhoria contínua das ferramentas à medida que desbravamos terreno é bastante viciante, servindo como contexto para que o jogador nunca deixe de explorar e interagir com o meio. Esta ação é contextualizada pelas missões atribuídas pela Kindred Aerospace, apelidada de quarta melhor empresa de exploração espacial do universo. Como indicado pelo tom cómico da afirmação anterior, é logo demonstrado ao jogador que todos os diálogos entre protagonista e empresa são repletas de humor, construindo uma narrativa divertida do início ao fim desta aventura.

ARY-26 é um planeta geologicamente variado, constituído por locais que vão desde tundras geladas a florestas coloridas. No entanto, estas exibem um estilo visual bastante peculiar, como se se tratassem de versões psicadélicas fantasiosas de biomas facilmente identificáveis. A flora e a fauna que encontramos é igualmente vasta em aspeto e propriedades, não descartando os níveis de hostilidade que caracterizam cada elemento. Como também não podia deixar de ser, muitos dos alienígenas hostis requerem armamento diversificado para serem derrotados, remetendo novamente para o ciclo de jogabilidade mencionado no páragrafo anterior. Embora a direção artística seja fantástica, muito do impacto visual perde-se nesta versão Switch comparativamente às outras plataformas. Muitas das texturas pediam mais pormenor e é aparente a dificuldade do jogo em manter o seu rácio de fotogramas acima dos trinta por segundo, sobretudo em espaços mais povoados. Surpreendentemente, a experiência no seu todo é mais competente no formato portátil, onde a fluidez é estável e muitos dos cortes na sua fidelidade visual são menos percetíveis comparativamente aos seus pares.

Desculpando os seus problemas técnicos devido a restrições de hardware, Journey to the Savage Planet é uma proposta muito interessante dentro de um género com pouca presença na Switch. Somando o seu fator de diversão ao preço e à possibilidade de o poderem jogar com um amigo, trata-se de uma excelente compra para quem queira uma experiência distinta no catálogo da consola.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
7 10 0 1
Pecando maioritariamente pelas suas deficiências técnicas, Journey to the Savage Planet tem a seu favor o humor, a exploração e a jogabilidade, que fazem deste jogo uma recomendação forte para todos os que gostem de uma aventura que não se prolongue mais do que o necessário.
Pecando maioritariamente pelas suas deficiências técnicas, Journey to the Savage Planet tem a seu favor o humor, a exploração e a jogabilidade, que fazem deste jogo uma recomendação forte para todos os que gostem de uma aventura que não se prolongue mais do que o necessário.
7/10
Total Score

Pontos positivos

  • Humor
  • Planeta vasto e variado
  • Arsenal divertido

Pontos negativos

  • Fluidez inconstante
  • Algumas texturas pouco trabalhadas
  • Precisão do disparo por vezes inconstante

Diogo Caeiro

Insiste diariamente na superioridade da série Metroid Prime. Habitualmente ocupado a salvar o mundo de mais um deus irado, pausando ocasionalmente para redigir a sua próxima crónica.