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Donkey Kong Bananza: Ilha DK + Caça às Esmeraldas – Análise

Quando analisámos Donkey Kong Bananza, destacámos a ambição de reinventar a série com mundos destrutíveis e uma aventura que celebrava simultaneamente o passado e o futuro de Kong. Esse espírito de ousadia e qualidade elevada serve de referência para este conteúdo descarregável. Este Donkey Kong Bananza: Ilha DK + Caça às Esmeraldas aparece, então, como uma extensão “roguelike” desse universo audaz, trazendo-lhe uma boa dose de nostalgia e um desafio adicional, mas sem atingir as expectativas mais elevadas.

O DLC divide-se entre explorar a Ilha DK, um regresso simbólico aos territórios clássicos de Kong, e enfrentar o modo Caça às Esmeraldas, em que o jogador corre contra o tempo, apanha esmeraldas e supera rondas cada vez mais duras. A ilha revive cenários icónicos do mundo DK com rios, cavernas, plataformas suspensas e recantos que evocam recordações, mas muitos dos percursos novos servem para preencher espaços mais do que para renovar a experiência. Depois de algumas explorações, nota-se que faltam surpresas. Aparecem artigos colecionáveis novos, mas que raramente justificam uma estadia prolongada. Já a Caça às Esmeraldas assume o protagonismo exatamente por trazer tensão à experiência e mais motivos para voltar a jogar. As missões exigem decisões rápidas sobre “upgrades” temporários, risco versus recompensa e escolhas de percurso com pressão contínua.

Este DLC mantém o desempenho técnico competente da versão base do jogo. As transições entre zonas são suaves, e a fluidez mantém-se em grande parte dos momentos. Notam-se algumas perdas em fundos distantes ou em espaços com muito pormenor onde as texturas se encontram menos definidas e algumas sombras são mais simples, mas nada de dramático. Em cenários com muitos efeitos, notam-se pequenas quebras de fluidez, ainda assim bem menos frequentes do que seria de temer. Este DLC encontra-se bem otimizado, os tempos de carregamento continuam curtos, a fluidez da ação raramente treme, e os ambientes novos de DK Island encaixam-se bem no estilo vibrante de Bananza.

Ao nível do som, este conteúdo adicional respeita a identidade do jogo original. A música mantém aquele tom épico e alegre que caracteriza Bananza: nas fases de Emerald Rush, os temas mais acelerados ajudam a criar um sentido de urgência; ao explorar a ilha, as melodias descontraídas encaixam bem com a redescoberta dos locais, e os efeitos sonoros mantêm-se aprimorados. Enquantos isso os novos trajes e estátuas desbloqueáveis trazem incentivos visuais bonitos de se ver, ainda que não alterem as mecânicas do jogo.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
7 10 0 1
Ao fim e ao cabo, Donkey Kong Bananza: Ilha DK + Caça às Esmeraldas é mais um conteúdo extra do que um avanço profundo no jogo. A Ilha DK funciona como homenagem visual e nostálgica, mas não traz densidade suficiente para se sustentar por si só. Emerald Rush é o verdadeiro motor do DLC, motivante para voltar ao jogo base, desafiante e dá um ar renovado à exploração. Para quem ainda se diverte com Bananza, este DLC vale pelo modo "roguelike" que estimula a repetição. Quem esperava uma expansão maior e mais radical pode ficar com a sensação de que não se está a pagar por tanto como se gostaria.
Ao fim e ao cabo, Donkey Kong Bananza: Ilha DK + Caça às Esmeraldas é mais um conteúdo extra do que um avanço profundo no jogo. A Ilha DK funciona como homenagem visual e nostálgica, mas não traz densidade suficiente para se sustentar por si só. Emerald Rush é o verdadeiro motor do DLC, motivante para voltar ao jogo base, desafiante e dá um ar renovado à exploração. Para quem ainda se diverte com Bananza, este DLC vale pelo modo "roguelike" que estimula a repetição. Quem esperava uma expansão maior e mais radical pode ficar com a sensação de que não se está a pagar por tanto como se gostaria.
7/10
Total Score

Pontos positivos

  • Emerald Rush é desafiante e dá motivos para regressar ao jogo
  • Ilha DK remete para as origens e cria uma experiência nostálgica
  • Elementos visuais adicionais como trajes e estátuas

Pontos negativos

  • Conteúdo da ilha limitado após exploração inicial
  • DLC não revoluciona a experiência além do modo "roguelike"
  • Fica um pouco aquém das expectativas mais elevadas

Nuno Nêveda

Calorias, nutrientes e Nintendo. Três palavras que definem o maior fã de F-Zero cá do sítio. Adepto de hábitos alimentares saudáveis, quando não anda atrás de uma balança, costuma estar ocupado com as notícias mais prementes e as análises mais exigentes.

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