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Shin chan: Shiro and the Coal Town – Análise

O miúdo mais traquina do Japão está de volta para uma nova aventura de verão na Nintendo Switch, repleta de novas atividades, personagens e momentos de humor a que a série nos habituou através da sua manga e série de animação.

Semelhante ao seu antecessor, Shiro and the Coal Town decorre uma vez mais numa pequena aldeia rústica na qual a família de Shin Chan se encontra a passar férias na casa dos seus avós. Quando lhe pegamos sobressai imediatamente que as localizações de ambos os jogos partilham várias semelhanças estruturais, mas a discrepância na qualidade do grafismo é visível. A direção artística única, um dos pontos mais fortes de Me and the Professor on Summer Vacation, é ainda mais proeminente nesta sequela. A palete de cores foi aprofundada, e a atenção ao pormenor é ainda maior, não só nas paisagens como também nas texturas dos modelos tridimensionais. O ambiente visual é particularmente belo na sua representação pitoresca de um pôr do sol sobre as cordilheiras da região.

Após um dia repleto de brincadeira com o seu cão Shiro, este leva Shin Chan a descobrir uma plataforma de embarque oculta na floresta. Ao investigá-la, surge subitamente um comboio a vapor que leva ambos a um local misterioso conhecido como Coal Town. Contrariamente a Unbent Village, o local introdutório do jogo, as atividades e exploração em Coal Town centram-se nos seus habitantes, sendo o objetivo habitual ajudá-los de alguma forma, semelhante a algumas das missões presentes no primeiro jogo.

Tratando-se primariamente de um jogo de simulação, o jogador escolhe como pretende passar o seu dia-a-dia. Unbent Village oferece um leque de atividades lúdicas maioritariamente individualistas, como apanhar insetos ou pescar. Já Coal Town funciona de forma distinta, oferecendo ao jogador um maior grau de interatividade com várias personagens, cada uma com os seus motivos e histórias para contar. Trata-se da componente mais gratificante da aventura, proporcionando ao jogador momentos divertidos, humorísticos e emotivos, e motiva-nos para conhecer mais sobre esta comunidade.

Existe um enredo abrangente que se desenvolve à medida que concluímos determinadas tarefas, mas não é particularmente apelativo. Mesmo tendo em conta o público-alvo do jogo, o enredo desenrola-se de uma forma demasiado previsível, servindo pouco mais como forma de contextualizar os elementos da jogabilidade no decorrer da aventura. De notar que as vocalizações estão muito bem conseguidas, tornando os momentos de exposição menos aborrecidos do que inevitavelmente seriam em caso contrário.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
8 10 0 1
Shin Chan: Shiro and the Coal Town opta por não alterar de forma significativa os elementos mais distintos do seu antecessor, contribuindo novamente para uma experiência única, mas que dificilmente será capaz de cativar um novo público. Não obstante, o seu leque variado de atividades disponíveis, elenco de personagens notável e visuais deslumbrantes garantem que os fãs da personagem não podem perder esta sequela.
Shin Chan: Shiro and the Coal Town opta por não alterar de forma significativa os elementos mais distintos do seu antecessor, contribuindo novamente para uma experiência única, mas que dificilmente será capaz de cativar um novo público. Não obstante, o seu leque variado de atividades disponíveis, elenco de personagens notável e visuais deslumbrantes garantem que os fãs da personagem não podem perder esta sequela.
8/10
Total Score

Pontos positivos

  • Quantidade avultada de atividades e minijogos
  • Elenco de personagens rico
  • Visualmente irrepreensível

Pontos negativos

  • Enredo aborrecido
  • Jogabilidade excessivamente simplista

Diogo Caeiro

Insiste diariamente na superioridade da série Metroid Prime. Habitualmente ocupado a salvar o mundo de mais um deus irado, pausando ocasionalmente para redigir a sua próxima crónica.

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