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Everybody 1-2-Switch! – Análise

1-2-Switch! foi um dos jogos de lançamento da Nintendo Switch e uma das suas vertentes de maior destaque foi o ênfase no HD Rumble da consola, mas o seu preço elevado para o que acabaria por ser um conjunto de minijogos deixou muitos jogadores desiludidos por não se tratar antes um jogo incluído com a Switch. Mais de sete anos depois e chega o seu sucessor, Everybody 1-2-Switch!, que quer ser uma resposta melhorada face ao jogo original. Com menos ênfase no HD Rumble e mais na mecânica de pôr toda a gente a mexer, Everybody 1-2-Switch! introduz a possibilidade de utilizar o nosso “smartphone” como comando com um número máximo de cem jogadores em simultâneo, caso seja possível encontrar cem pessoas dispostas a jogar e que caibam no mesmo espaço.

Até aqui tudo bem, minijogos novos, mais jogadores, mais acessível… acerta em todos os pontos onde o antecessor podia ter feito melhor. Mas por muito que tenha melhorado nas funcionalidades, elas acabam por acrescentar outro problema: o tempo. Tempo para toda a gente na sala ler o código QR que o jogo coloca ao dispor dos participantes para se juntarem à sessão, tempo para os jogadores desligarem o bloqueio automático do seu “smartphone” para não serem retirados da sessão, tempo excessivo cada vez que se joga um minijogo novo porque tem de haver uma ronda de ensaio obrigatória e morosa, e só depois disto tudo podemos iniciar um minijogo que por vezes demora menos de trinta segundos.

Everybody 1-2-Switch! tem uma apresentação bastante semelhante ao original, que junta gráficos limpos com atores e cenários realistas, juntamente com Horace, o anfitrião com cabeça de cavalo. A direção artística aqui presente é uma melhoria comparada com o seu predecessor, mas também pode funcionar como um detrimento do jogo original, dando-lhe aspeto de ser algo que não recebeu o orçamento necessário para ser um produto mais apurado. A variedade dos minijogos aqui presente é bastante alargada, vão desde leilões a atirar estrelas ninja para o adversário as defletir com a sua espada, ao uso da câmara do nosso “smartphone” para apanhar o nosso rosto e usá-lo como retrato do jogador, ou mesmo para encontrar a cor mais semelhante que nos pedirem. Existem também alguns jogos fisicamente mais intensos, como saltar à corda, participar num ritual para contactar extraterrestres, e fazer agachamentos. 

Dizer que 1-2-Switch! é uma coletânea de minijogos para demonstrar o potencial da Switch é uma forma correta de ver o jogo. Dizer que Everybody 1-2-Switch! é uma coletânea de tutoriais e dores de cabeça com minijogos como intervalo é também uma forma correta de ver esta sequela. Evidentemente que numa sessão única, algumas destas dores de cabeça desaparecem e os tutoriais deixam de aparecer se os jogadores se mantiverem entre sessões, mas não deixa de conter uma enormidade de minijogos onde muitos deles pouco ou nada acrescentam à experiência, e duram menos do que o tempo necessário para reunir todos os participantes.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
5 10 0 1
Infelizmente Everybody 1-2-Switch! não consegue alcançar o patamar que ambiciona. Com variedade de pouca dura, demasiado tempo de espera ou de organização entre jogos, e uma longevidade demasiado curta, não se vislumbra um futuro em que o jogo consiga reter jogadores quando comparado aos seus congéneres, até mesmo entre jogos da própria Nintendo, quando há melhores ofertas no mercado.
Infelizmente Everybody 1-2-Switch! não consegue alcançar o patamar que ambiciona. Com variedade de pouca dura, demasiado tempo de espera ou de organização entre jogos, e uma longevidade demasiado curta, não se vislumbra um futuro em que o jogo consiga reter jogadores quando comparado aos seus congéneres, até mesmo entre jogos da própria Nintendo, quando há melhores ofertas no mercado.
5/10
Total Score

Pontos positivos

  • Até cem pessoas em simultâneo.
  • Mão-cheia de minijogos engraçados
  • Picardia entre equipas de amigos

Pontos negativos

  • Muitos dos jogos são medíocres
  • Demasiado moroso para iniciar um jogo

André Reis

O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.