Tales of Symphonia Remastered – Análise
Tales of Symphonia teve honras de exclusivo para a Nintendo GameCube em 2004 e é visto como um dos melhores jogos da série, não só por a ter apresentado a uma nova geração de jogadores, como também por ser o primeiro a desenrolar-se inteiramente em três dimensões. Para assinalar o seu décimo aniversário, a Bandai Namco lançou um “remaster” para a PlayStation 3. Essa mesma versão chega-nos agora à Nintendo Switch, com resultados pouco favoráveis e que não fazem justiça à qualidade do original para a GameCube.
Em Tales of Symphonia desempenhamos o papel de Lloyd, que acompanha Colette na sua jornada para salvar o mundo. Juntamente com outras personagens icónicas como Genis e a sua irmã Reine, bem como o mercenário Kratos, aventuramo-nos pelo mundo de Sylvarant e eventualmente pelo mundo paralelo de Tethe’alla. O enredo segue um rumo bastante interessante e na sua maior parte encontra-se bem escrito, vamos testemunhar imensos momentos mais sérios bem como alguns momentos mais ligeiros onde convivemos e interagimos com as personagens, desde os famosos “skits” que se encontram em todos os jogos da série Tales of, aos momentos fulcrais de crescimento pessoal de cada personagem quando completam a sua jornada pessoal e descobrem uma razão de ser para a sua vida.
Tales of Symphonia é sem dúvida alguma um RPG clássico, muito disso deve-se à sua junção perfeita entre um enredo interessante e o sistema de combate próprio da série, com controlos simples de executar e um potencial gigantesco de combinações diferentes ao dispor dos jogadores mais curiosos e empenhados. Infelizmente é aqui que acabam os pontos positivos, pois enquanto Tales of Symphonia propriamente dito é um belíssimo jogo, não deve ser vivenciado neste estado.
Tales of Symphonia Remastered é uma versão inferior em todos os aspetos quando comparado com o original. Esta constatação inclui uma exibição de trinta fotogramas por segundo neste Remastered em vez dos sessenta do original, e uma redução na qualidade da direção artística que passa por um pior contraste das silhuetas das personagens em relação ao cenário. Nota-se também uma série de erros com consequências na apresentação, como falas ausentes, vozes de personagens que terminam a meio de uma frase, artefactos gráficos inexistentes na versão original do texto, tempos de carregamento excessivos e algumas ausências de efeitos visuais. Tudo isto contribui para fazer desta uma das piores versões de Tales of Symphonia, e que não merece de todo o título de Remastered.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Um dos melhores JRPG de sempre
- Opção de vozes em inglês e japonês
Pontos negativos
- Problemas que não existem na versão original
- Mau controlo de qualidade
O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.