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Cris Tales – Análise

Cris Tales é um JRPG que tenta apelar a uma certa nostalgia por outros tempos enquanto proporciona uma apresentação única. Com uma visão tripartida onde passado, presente e futuro estão sempre em exibição no ecrã, cabe-nos a tarefa de influenciar o passado para ver mudanças no presente e garantir um futuro ideal.

Esta mecânica é central para a resolução de “puzzles” e para garantir a vitória nos combates. Crisbell, a nossa protagonista, ganha acesso a esta habilidade num ponto inicial do jogo e ficamos a conhecer o mundo através dos seus olhos, com um ambiente visual em duas dimensões bastante estilizado e apelativo. Existem também ramificações visíveis para certas escolhas feitas ao longo da história, o que traz importância adicional às ações realizadas no passado.

Além da exploração em pequenos ambientes segmentados, o combate também é um aspeto importante do jogo, talvez até em demasia. A frequência com que encontramos combates aleatórios é um pouco excessiva, e não seria inconveniente se o combate fosse menos repetitivo. O que à partida parece ser relativamente complexo acaba por se tornar simples e repetitivo no que toca ao combate. Podemos influenciar certos elementos no passado para provocar danos mais pesados ao inimigo no presente – uma ideia criativa mas que obriga a gastar bastante tempo a preparar certas combinações, o que leva a que se percam turnos múltiplos. Multiplicando isto pelo número de encontros aleatórios com que nos deparamos acaba por tornar o processo entediante.

Felizmente Cris Tales acaba por ser muito mais interessante no que toca à exploração e interação com personagens. Pelo reino de Krystallis podemos interagir e receber tarefas opcionais de várias personagens que exibem um bom trabalho de animação e diálogos bem escritos. As escolhas na conclusão das tarefas podem ter ramificações maiores no mundo do jogo. Este (bom) toque de personalidade acentua os pontos positivos do jogo.

Por outro lado, Cris Tales não consegue evitar alguns problemas técnicos na Switch e encontram-se tempos de carregamento longos, o que é especialmente frustrante nos combates aleatórios. Funciona melhor quando jogado no ecrã da consola, o que é invulgar mas que se explica pela resolução mais baixa.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
7 10 0 1
Cris Tales tem muito para oferecer mas ao mesmo tempo também pode ser algo restritivo. As mecânicas de tempo, que entram em conflito com a rigidez do combate, forçam o jogador a algumas estratégias que se tornam obrigatórias para vencer certos inimigos. A exploração está bem executada e há imensas personagens interessantes para conhecer, mas os problemas técnicos acabam por prejudicar um pouco a travessia.
Cris Tales tem muito para oferecer mas ao mesmo tempo também pode ser algo restritivo. As mecânicas de tempo, que entram em conflito com a rigidez do combate, forçam o jogador a algumas estratégias que se tornam obrigatórias para vencer certos inimigos. A exploração está bem executada e há imensas personagens interessantes para conhecer, mas os problemas técnicos acabam por prejudicar um pouco a travessia.
7/10
Total Score

Pontos positivos

  • Estética fantástica
  • Personagens interessantes

Pontos negativos

  • Combate com opções limitadas
  • Combates aleatórios demasiado frequentes

André Reis

O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.