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Prinny Presents NIS Classics Volume 1: Phantom Brave / Soul Nomad – Análise

Phantom Brave e Soul Nomad & the World Eaters têm direito a uma reedição para dar a conhecer a obra da NIS a uma nova geração de jogadores. No entanto e mesmo se bem intencionada, esta compilação é uma oferta que faz muito pouco pelos jogos aqui presentes, cumprindo apenas os requisitos mínimos no tratamento de jogos clássicos.

Ambos os títulos são bastante semelhantes: RPGs de estratégia com uma perspetiva isométrica e mecânicas semelhantes, lançados originalmente na mesma consola com cerca de três anos de diferença entre eles (2004 e 2007). O primeiro jogo, Phantom Brave, é apresentado com base na sua conversão de 2011 para a PlayStation Portable com o título de Phantom Brave: The Hermuda Triangle. Já Soul Nomad & the World Eaters nunca antes tinha tido direito a uma conversão além do seu formato original na PlayStation 2, o que fez dele um candidato perfeito a uma conversão para sistemas atuais.

Infelizmente nada foi feito a nível de melhorias significativas em qualquer das ofertas além de um aumento da resolução, que em muitos casos apenas põe em evidência problemas relacionados com a idade do seu aspeto visual. E apesar de a banda sonora ter sido alvo de um trabalho de “remaster”, as prestações vocais continuam pobres, como já o eram aquando do seu lançamento original, revelando mais uma vez a sua idade da pior forma possível. Se é importante que jogos como estes não fiquem limitados a sistemas descontinuados, esta compilação está longe de ser a forma ideal de lhes conceder uma segunda vida. O próprio ecrã inicial de seleção entre os dois jogos é vazio e desinspirado, desprovido de quaisquer animações ou informação que pudesse pelo menos dar a conhecer um pouco sobre os de forma mais apelativa.

Quem conhece as produções da Nippon Ichi vai encontrar aqui dois jogos bastante semelhantes a outras ofertas do seu catálogo. As semelhanças entre Phantom Brave e Soul Nomad não se reduzem a serem ambos RPGs de estratégia, os jogos apresentam também uma direção artística semelhante e partilham vários lugares-comuns na composição dos seus enredos (ambos têm como tema salvar o mundo de uma força maléfica). O que os realmente distingue são as suas mecânicas de combate: Phantom Brave opta por uma movimentação mais livre em cada arena e o confronto com os inimigos dá-se por turnos. Soul Nomad segue uma fórmula mais restrita, cada combate decorre num curto espaço de tempo durante o qual o jogador pode executar uma série de combos diferentes consoante a arma e a personagem (semelhante ao que acontece, por exemplo, em Project X Zone).

Não se tratando de jogos com um legado forte, não deixam de ser apelativos por representarem uma época muito específica de um género que hoje em dia já não tem a mesma presença. Percebe-se que sejam clássicos de culto e mesmo que esta seja uma alternativa aceitável para os vivenciar, pouco foi feito para os modernizar a um grau que justifique a aquisição. É assim difícil de recomendar esta compilação a um público que não tenha tido qualquer contacto prévio com estes ou outros jogos da sua era.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
5 10 0 1
Dois clássicos de culto que ainda são divertidos, mesmo que não recebam o tratamento que lhes é devido. O preço não reflete o esforço reduzido em modernizar dois jogos que há muito mereciam uma oportunidade de voltarem a ser conhecidos.
Dois clássicos de culto que ainda são divertidos, mesmo que não recebam o tratamento que lhes é devido. O preço não reflete o esforço reduzido em modernizar dois jogos que há muito mereciam uma oportunidade de voltarem a ser conhecidos.
5/10
Total Score

Pontos positivos

  • Sistemas de combate cativantes
  • Personagens divertidas

Pontos negativos

  • Esforço mínimo na apresentação
  • Prestações vocais fracas
  • Preço alto

Diogo Caeiro

Insiste diariamente na superioridade da série Metroid Prime. Habitualmente ocupado a salvar o mundo de mais um deus irado, pausando ocasionalmente para redigir a sua próxima crónica.