Ys IX: Monstrum Nox – Análise

Ys IX: Monstrum Nox é a aventura mais recente de Adol. Esta sequela direta de Lacrimosa of Dana coloca-nos presos na cidade de Balduq após os protagonistas terem sido alvo de uma maldição que os transformou em Monstrums, seres com superpoderes capazes de lutar contra os monstros invasores da Grimwald Nox, e vão desvendar o mistério da cidade de Balduq e o que causa a maldição que os impede de sair da cidade.

A série Ys sempre se concentrou mais em apresentar uma aventura algo contida com um pequeno enredo de personagens centrais, mas tem vindo  expandir lentamente o seu âmbito ao mudar de sistemas com Ys Seven e mais recentemente Ys VIII: Lacrimosa of Dana (que também se encontra disponível na Switch). Os companheiros de Adol têm aqui direito ao mesmo protagonismo durante as suas viagens, possibilitando o combate com grupos de três personagens. Ys IX traz assim mais verticalidade ao jogador, tanto em combate como na exploração, graças às habilidades únicas de cada Monstrum. Cada um dos novos companheiros de Adol apresenta características únicas que possibilitam novas estratégias em combate, como novas possibilidades de atravessar e explorar a cidade de Balduq.

O combate e exploração continuam excelentes, como é habitual na série Ys. No entanto Monstrum Nox sofre tanto como Lacrimosa of Dana no que diz respeito ao desempenho na Switch. Independentemente de se jogar num ecrã de televisão ou no ecrã da Switch, o desempenho deixa muito a desejar: há combates com mais de dois inimigos onde as quebras de fluidez são tão óbvias que se torna impossível reagir aos ataques a tempo, algo que distrai bastante de uma experiência que poderia ser muito melhor com um trabalho mais exímio de otimização.

A campanha é longa e tem um pouco menos de variedade de ambientes que o costume devido ao local onde o jogo decorre, mas apesar disso a exploração continua a ser interessante. Infelizmente as dezenas de horas desta experiência são prejudicadas por um desempenho sofrível em vários momentos importantes, o que faz de Ys IX um jogo muito difícil de se recomendar.

André Reis

O chicote que mantém a máquina a funcionar. Entusiasta pela indústria e com um gosto variado, mas com um especial amor por JRPG, nunca deixa escapar uma boa promoção e por consequência tem uma coleção maior do que alguma vez poderá ter tempo para a terminar.