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art of rally – Análise

art of rally é o resultado de uma tentativa de retratar a história desta modalidade do desporto automóvel de uma forma minimalista, trocando a adrenalina e ação das corridas contra-relógio por uma abordagem que coloca a tónica numa apresentação única e numa condução relaxante. Não se tratando de uma conversão perfeita, é um jogo muito mais divertido e desafiante do que possa parecer.

Após uma introdução cinemática breve (e bizarra) onde um totem falante nos informa do propósito da nossa “aventura” pelo passado, vamos assumir o controlo de um carro numa zona livre para que nos possamos ambientar à condução. Condução essa que consegue ser bastante complexa, sendo necessário dominar, por exemplo, o uso correto do travão e o controlo da velocidade para terminar percursos em tempo útil. Não se trata assim de um jogo acessível, mas a curva de dificuldade pode ser ajustada através de opções que facilitam a condução e estendem os tempos a bater em cada corrida. Mesmo assim é inevitável que a experiência se torne algo frustrante durante as primeiras travessias, e vai ser preciso repetir várias etapas em busca da melhor forma de contornar determinada curva, ou da velocidade ideal a adotar numa reta em particular. Cada prova pode ser assim descrita como um processo de tentativa e erro, e faz sempre o suficiente para que nunca se torne aborrecida a um ponto irreversível.

O modo de carreira de art of rally é baseado na evolução histórica do desporto, onde competimos com carros progressivamente mais velozes ao longo de vários percursos e tipos de pista: desde circuitos montanhosos a planícies a perder de vista, os cenários e tipos de pista são bastante variados, oferecendo sempre algo reconhecível mas simultaneamente distinto de nível para nível. Nenhum fabricante está representado no jogo de forma oficial mas todas os veículos apresentam caraterísticas que os fãs do desporto conseguem facilmente associar a veículos reais, um toque que ajuda a cimentar a autenticidade da experiência. Para sessões de jogo mais breves é possível participar em corridas simples, desafios contra-relógio, e numa exploração livre semelhante ao apresentado no início do jogo. Na exploração livre o jogador pode conduzir o seu veículo sem quaisquer restrições. Para os que quiserem ver tudo o que art rally tem para oferecer, estes níveis incluem objetos que permitem aceder a extras como faixas de música adicionais, novas áreas para percorrer, e circuitos para os outros modos de jogo.

Infelizmente as limitações técnicas do jogo têm um peso negativo no que de outra forma seria uma excelente proposta dentro do género. A direção artística é única e bela, mas a qualidade fraca das texturas e a resolução (mais baixa do que noutras plataformas) não lhe fazem favores nenhuns. Os tempos de carregamento são mais longos do que seria desejado e o desempenho também não é constante, apresentando ocasionalmente uma fluidez inferior a trinta fotogramas por segundo. Estas limitações fazem da conversão para a Nintendo Switch a versão menos satisfatória de art of rally, mas não deixa de ser uma proposta divertida para os mais tolerantes. Jogabilidade rica e complexa e uma enorme quantidade de conteúdo criam uma experiência capaz de agradar a uma parte do público.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
6 10 0 1
Colocando de parte os problemas técnicos óbvios desta versão, art of rally é um jogo que vai encantar os fãs mais acérrimos desta modalidade durante muito tempo.
Colocando de parte os problemas técnicos óbvios desta versão, art of rally é um jogo que vai encantar os fãs mais acérrimos desta modalidade durante muito tempo.
6/10
Total Score

Pontos positivos

  • Jogabilidade complexa e divertida
  • Muito conteúdo por explorar
  • Simplicidade da interface

Pontos negativos

  • Conversão visualmente fraca
  • Desempenho errático
  • Carregamentos demorados

Diogo Caeiro

Insiste diariamente na superioridade da série Metroid Prime. Habitualmente ocupado a salvar o mundo de mais um deus irado, pausando ocasionalmente para redigir a sua próxima crónica.