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Labyrinth City: Pierre the Maze Detective – Análise

Baseado na série de livros para crianças com o mesmo nome, Labyrinth City: Pierre the Maze Detective é uma adaptação do livro The Search For The Stolen Maze Stone. Os labirintos da obra literária foram aqui transformados em cenários interativos onde Pierre tem de desvendar segredos em perseguição do malvado Mr. X, antagonista que ameaça transformar Opera City num labirinto com a Maze Stone, roubada ao museu da cidade.

Dividido em dez capítulos, cada um é precedido por uma sequência animada onde Carmen, companheira de Pierre, contextualiza a história, descreve a situação, e apresenta o próximo local a visitar. Estes momentos são bastante cómicos, não só pela narração e vocalização divertidas e entusiasmadas da personagem como também pelos acontecimentos exibidos, que são sempre baseados em ocorrências ou locais caricatos.

Os labirintos são bastante simples e com objetivos comuns a cada um, estes passam sempre por encontrar determinadas personagens no mapa que por sua vez nos indicam as próximas personagens a encontrar até alcançarmos o fim do labirinto, onde se encontra o Mr. X. Visualmente o ambiente do jogo é estonteante: todos os labirintos são desenhados à mão, repletos de cor e pormenor, e com animações muito divertidas de se descobrir. Existem ainda pequenos “puzzles” e colecionáveis em cada nível, níveis estes que podem ser individualmente repetidos mais tarde para todos aqueles que não se contentem apenas com vencer o vilão principal.

Labyrinth City é um jogo relativamente simples, claramente feito a pensar num público mais novato, mas a sua acessibilidade bastante facilitadora é exatamente o que o impede de ser o jogo que teria potencial para ser. O movimento de Pierre é bastante limitado e a forma como cada labirinto está construído leva a que o grau de desafio seja quase nulo. Mesmo com algum grau de interatividade, não seria de todo exagerado concluir que a grande maioria dos níveis quase que se joga por si só, caraterística que se torna mais aparente à medida que avançamos e nos apercebemos das semelhanças entre cada um dos labirintos a um nível estrutural.

A Darjeeling estava no caminho certo ao replicar os elementos visuais mais apelativos do livro e na forma como deu uma nova perspetiva à história com a introdução de sequências animadas que vão deliciar a pequenada. O que falta, no entanto, é um ciclo de jogabilidade mais interessante e aprofundado, e o resultado é uma produção satisfatória mas algo vazia.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
6 10 0 1
Labyrinth City: Pierre the Maze Detective é uma forma competente de vivenciar a série literária Pierre the Maze Detective a partir de uma perspetiva diferente, mas que não se esmerou o suficiente para ser mais que isso.
Labyrinth City: Pierre the Maze Detective é uma forma competente de vivenciar a série literária Pierre the Maze Detective a partir de uma perspetiva diferente, mas que não se esmerou o suficiente para ser mais que isso.
6/10
Total Score

Pontos positivos

  • Ambiente visual único
  • Vocalizações divertidas
  • Animações excelentes

Pontos negativos

  • Jogabilidade repetitiva
  • Liberdade de movimentos reduzida
  • Demasiado curto

Diogo Caeiro

Insiste diariamente na superioridade da série Metroid Prime. Habitualmente ocupado a salvar o mundo de mais um deus irado, pausando ocasionalmente para redigir a sua próxima crónica.