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Wingspan – Análise

Wingspan é um dos fenómenos de popularidade mais recentes entre os tradicionais jogos de tabuleiro. Disponível apenas desde 2019, a sua popularidade ganhou bastante força e não é de estranhar a sua conversão para o formato digital, mas a rapidez com que foi convertido em videojogo é bastante reveladora do seu sucesso. Num mercado tão antigo e saturado como os jogos de cartas e de tabuleiro, não é à toa que se consegue este destaque num espaço de tempo tão curto. A qualidade de Wingspan é inegável e importa pouco neste contexto avaliar em profundidade as suas particularidades originais mas sim a sua conversão, mais propriamente a versão representada na Nintendo Switch.

A conversão de um formato de jogo de tabuleiro para um videojogo foi conseguida de forma exímia e mantém-se fiel à direção artística do original, aproveitando os novos recursos visuais para representar as ações do jogador. As regras do jogo são introduzidas de forma bastante gradual, mas cedo percebemos que debaixo de uma capa simplista de pássaros e natureza encontra-se uma complexidade estratégica que se assume como um dos ingredientes de sucesso desta receita. A inteligência artificial é competente e vai representar um desafio ao jogador, principalmente no início, mas o verdadeiro ponto de interesse são as suas capacidades multijogador, locais e online.  Existe um modo de jogo denominado “Automa”, pensado para quem valorize uma experiência a solo e que revela a versatilidade do conceito.

As sonoridades escolhidas vão de encontro ao óbvio. Temas musicais calmos, com sonoridades da natureza como efeitos climatéricos e claro, chilrear de pássaros. A jogabilidade tira proveito das capacidades táteis do ecrã da Switch e quando vivenciada a solo é um formato bastante mais dinâmico e fluido de se utilizar. Quando partilhamos o jogo a experiência num ecrã de televisão é mais diplomática e apesar da implementação competente de controlos convencionais, estes acabam por ficar a perder relativamente aos controlos táteis. Para minimizar este efeito é atribuída uma tecla dedicada a cada ação e com o avançar do jogo torna-se fácil escolher rapidamente as ações de forma instintiva, ainda que o esquema tátil seja de facto o mais apropriado.

Cada sessão de jogo pode durar entre trinta a sessenta minutos e a vertente portátil da Switch é muito propícia, falando como é obvio de um contexto a solo. Falando exclusivamente nas suas capacidades on-line, existe uma modalidade mais célere com um limite de cinco minutos por ronda e um modo assíncrono onde temos 24 horas para efetuar a nossa jogada, destacando mais uma vez o aspeto portátil da consola num formato que pode prolongar uma sessão de jogo ao longo de vários dias.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
9 10 0 1
Wingspan é um fenómeno de popularidade nos jogos de tabuleiro e esta versão representa uma excelente forma de introduzir os jogadores e ao mesmo tempo, uma alternativa para os jogadores de tabuleiro de desfrutar do seu jogo online ou a solo. A conversão é irrepreensível e consegue uma adaptação bastante próxima do conteúdo original, e pela versatilidade da Nintendo Switch esta é provavelmente a melhor forma de desfrutar deste novo formato.
Wingspan é um fenómeno de popularidade nos jogos de tabuleiro e esta versão representa uma excelente forma de introduzir os jogadores e ao mesmo tempo, uma alternativa para os jogadores de tabuleiro de desfrutar do seu jogo online ou a solo. A conversão é irrepreensível e consegue uma adaptação bastante próxima do conteúdo original, e pela versatilidade da Nintendo Switch esta é provavelmente a melhor forma de desfrutar deste novo formato.
9/10
Total Score

Pontos positivos

  • Excelente conversão do tabuleiro para um videojogo
  • Tutoriais completos
  • Capacidades multijogador
  • Esquemas de controlo bem implementados
  • Direção artística fiel às origens

Pontos negativos

  • Complexidade inicial afasta os menos pacientes

Sérgio Mota

Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.