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Fatal Fury: First Contact – Análise

Não é surpresa nenhuma que a Nintendo Switch tem recebido uma linha de jogos de gerações anteriores. Longa é a lista de títulos oriundos das salas de arcada, mas também se observa bastante apreço pela Neo Geo Pocket Color. A nova oferta chama-se Fatal Fury: First Contact, e foi originalmente desenvolvida como adaptação em formato portátil do jogo Real Bout Fatal Fury 2: The Newcomers. Trata-se assim de um jogo feito para uma consola portátil com apenas dois botões, feita para rivalizar com o Game Boy Color.

Independentemente das limitações do formato original, Fatal Fury: First Contact é, na falta de melhor expressão, muito simplista. O preço de venda (€7,99) está ao nível de um menu no Burger King ou McDonald’s, e isso nota-se pela falta de conteúdo. Num leque de onze personagens (com a possibilidade de desbloquear mais uma) cada lutador ou lutadora percorre entre oito a nove etapas. Pelo menos julga-se ser esse o conceito, visto que não há o mínimo dos mínimos em termos de enredo. Espremido todo o sumo até ao tutano, este First Contact apresenta um único modo de jogo, simples e muito direto.

Felizmente as doze personagens são divertidas de se experimentar, cada uma com o seu ataque especial próprio. Apesar das limitações de jogabilidade e de ambiente visual, cada personagem é facilmente identificável pelas suas características. Tem o seu quê de graça ver estas personagens, algumas favoritas e adoradas pelos fãs, a pontapear e esmurrar com os seus membros desproporcionais, e de vez em quando a desencadear combinações ou um ataque especial final.

As lutas seguem o padrão habitual: três rondas, lutadores com barras de vida, ataques de diferentes tipos, esquivas para a frente e para trás, recuperações rápidas após cair no chão e até pequenos insultos. Todos os alicerces de um jogo de luta estão cá, apesar de infelizmente e muito devido às limitações da Neo Geo Pocket Color não estar presente uma característica dos Fatal Fury clássicos: mudar de plano para nos esquivarmos de ataques. No entanto, durante o período de análise notaram-se alguns problemas de desempenho a nível do número de fotogramas por segundo. Fica a dúvida se estes problemas são de origem ou da emulação na Switch.

No que diz respeito aos outros aspetos da emulação, existe a opção para mudar o fundo da imagem em torno do ecrã de jogo, o nível de “zoom”, retroceder na ação do jogo, um filtro para o aspeto visual e mudar a ordem dos botões. Não existe jogabilidade online, mas pelo menos a nível local a experiência mantém-se intacta. O mais engraçado de todas as capacidades é controlar o jogo diretamente com o ecrã da Nintendo Switch. É um pouco estranho, tendo em conta a precisão necessária em jogos de luta, mas é uma adição bem-vinda.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
6 10 0 1
Sem rodeios, para o bem ou para o mal, Fatal Fury: First Contact é uma experiência competente, mas muito simples. Talvez até demasiado simples. Doze personagens, um modo convencional, e pouco mais há nesta experiência. Ficam para trás os extras que se encontram noutras propostas semelhantes, como um museu ou a banda sonora. É pena porque fica sempre a sensação que podia ter sido feito mais. Pelo menos o preço não engana ninguém.
Sem rodeios, para o bem ou para o mal, Fatal Fury: First Contact é uma experiência competente, mas muito simples. Talvez até demasiado simples. Doze personagens, um modo convencional, e pouco mais há nesta experiência. Ficam para trás os extras que se encontram noutras propostas semelhantes, como um museu ou a banda sonora. É pena porque fica sempre a sensação que podia ter sido feito mais. Pelo menos o preço não engana ninguém.
6/10
Total Score

Pontos positivos

  • Lutadores carismáticos
  • Combates simples mas divertidos
  • Opções de emulação

Pontos negativos

  • Pouco conteúdo
  • Problemas de desempenho

Ulisses Domingues

Analisar um videojogo é como uma experiência gastronómica: pode correr muito bem, muito mal ou não correr de todo. Pelo menos é o que este membro da equipa acredita. No entanto, nunca deixará que a sua fome altere os critérios de análise. Pelo menos não muito.