AnálisesSwitch

Just Dance 2021 – Análise

O lançamento de uma nova entrada da série Just Dance é uma tradição natalícia da Ubisoft. O conceito simples e esquema de controlos intuitivo para todos os públicos sempre fez deste o jogo perfeito para reuniões familiares, e embora 2020 vá ficar marcado como o ano em que não foi possível reunir os familiares durante a quadra, temos a proposta mais recente para animar os que coabitam connosco.

Diz o ditado que “em equipa que ganha não se mexe”, e a Ubisoft tem sido fiel a esse princípio. A evolução face ao último jogo é praticamente nula, sendo a grande aposta no formato Just Dance Unlimited. Este serviço por assinatura alarga o catálogo de faixas disponíveis e com a aquisição deste jogo temos direito a trinta dias de acesso gratuito. Isto acaba por ser um problema para o jogador, porque depois de experimentar uma versão tão completa é muito difícil encarar o jogo da mesma forma – este tem quarenta faixas, contando com muitos dos sucessos deste ano, mas também apresenta temas conhecidos das últimas décadas. Para aqueles que gostam de repetir as suas músicas favoritas até à exaustão é possível desbloquear uma versão alternativa de cada faixa e a sua versão “Extreme”, o que garante uma variedade bem-vinda dentro do mesmo tema. O jogador é avaliado pela sua prestação e sobe de nível, desbloqueando conteúdo novo. Além disso, ganhamos algo conhecido como “Mojos”, usados como moeda para desbloquear acessórios de personalização como avatares e os incríveis avatares dourados para os melhores desempenhos.

O grande segredo da fórmula de Just Dance é ser acessível a todos os públicos e isso fica bem patente desde o menu inicial. Esta edição apresenta três propostas que carecem de grande explicação, incluindo uma de jogo rápido que não acrescenta muito mas que é bem-vinda. A modalidade de jogo dedicada aos mais novos é a mais limitada, onde se inclui o tema do filme Toy Story, e por isso é o que mais beneficia da opção “unlimited” que alarga o leque de opções aos pequenos dançarinos. A modalidade conhecida como “Just Dance” é obviamente a principal e dá acesso ao World Dance Floor, componente online onde podemos competir em torneios com jogadores de todo mundo e onde a distribuição de jogadores é feita de forma equilibrada, colocando-nos contra jogadores com níveis semelhantes, o que é motivante e bem pensado. Desafiar amigos para uma partida online parece um conceito simples, mas continua indisponível e este ano em especial é uma ausência que sobressai ainda mais.

Para quem vê em Just Dance uma forma de exercício, é possível fazer um pequeno progama de quinze minutos. A opção “sweat” permite contar calorias, permitindo ao jogador definir objetivos de intensidade física e adaptar a experiência às suas necessidades. A simplicidade de controlos torna o jogo completamente transversal, mais um dos motivos de sucesso da série e a Nintendo Switch assenta-lhe como uma luva. O tamanho do Joy-Con é o ideal, fazendo-nos questionar como fomos capazes de jogar com o WiiMote durante tantos anos. Podemos também fazer uso do nosso “smartphone” como controlador através de uma aplicação, mas a falta de correia de segurança torna o seu uso mais arriscado.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
7 10 0 1
Num ano em que provavelmente não nos poderemos reunir na quadra natalícia, seria bom ver Just Dance expandir as suas opções multijogador online. No entanto, a Ubisoft decidiu manter a sua fórmula habitual. Para seguidores de longa data, investir no serviço Unlimited será um uso mais inteligente dos seus recursos. Para quem estiver a dar os primeiros passos na série, a entrada de 2021 é obviamente a melhor aposta, sendo que a versão Nintendo Switch se destaca das outras graças às suas características e controlos.
Num ano em que provavelmente não nos poderemos reunir na quadra natalícia, seria bom ver Just Dance expandir as suas opções multijogador online. No entanto, a Ubisoft decidiu manter a sua fórmula habitual. Para seguidores de longa data, investir no serviço Unlimited será um uso mais inteligente dos seus recursos. Para quem estiver a dar os primeiros passos na série, a entrada de 2021 é obviamente a melhor aposta, sendo que a versão Nintendo Switch se destaca das outras graças às suas características e controlos.
7/10
Total Score

Pontos positivos

  • Acessível a todos os públicos
  • Opção de exercício
  • Catálogo variado

Pontos negativos

  • Requer assinatura para experiência mais completa
  • Falha no ano perfeito do multijogador em rede

Sérgio Mota

Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.