Super Mario Party Jamboree – Análise

Embora seja a terceira vez em que um Mario Party marca presença na Nintendo Switch, Jamboree apresenta uma proposta diferenciada dos dois jogos anteriores, o que em si é um grande feito se tivermos em conta que os outros jogos tinham uma identidade muito própria. Em Jamboree exploramos um pequeno arquipélago onde cada ilha apresenta propostas diferentes. No fundo, é um menu camuflado de mapa, e embora este não seja um recurso novo, encontra-se bem implementado e torna a experiência mais interessante.

O modo principal que dá nome ao jogo apresenta tabuleiros variados e bastante individualizados, embora não estejam todos disponíveis de início. De forma inteligente, a Nintendo criou um sistema de conquistas e é preciso um número bastante avultado para conseguir desbloquear todo o conteúdo, o que obriga o jogador a aventurar-se nos modos secundários. Quanto aos tabuleiros propriamente ditos, desde o centro comercial onde temos promoções constantes à pista de corridas onde pilotamos karts frenéticos, a variedade é incrível, e todos funcionam muitíssimo bem. Para os mais versados existe um novo modo profissional, onde os minijogos menos virados para a perícia do jogador são eliminados e criam-se aqui sessões de jogo mais intensas, ideal para jogadores mais experientes. O nível de dificuldade dos jogadores controlados pela consola pode ser regulado, sendo que no nível Mestre teremos um desafio digno para os jogadores de longa data. Além de se portarem de forma muito eficiente no tabuleiro, nos minijogos vão criar muitas dificuldades, principalmente nos jogos baseados em tempo de reação onde a sua prestação chega a ser até injusta.

Além dos habituais itens e das casas de sorte ou azar, temos a nova dupla Jamboree que dá nome ao jogo. Este elemento dá-lhe uma nova vida e coloca uma das personagens principais do universo Nintendo no tabuleiro. Para que ela se junte a nós teremos que vencer um desafio baseado nas experiências dessa personagem. O vencedor terá então um aliado durante algumas rondas que pode desequilibrar o jogo de forma interessante, uma vez que durante a maior parte do tempo o jogo é muito equilibrado, a maior parte das vezes só sabemos o vencedor no final quando são atribuídas duas estrelas extraordinárias de forma aleatória. Isto pode ser frustrante para alguns na declaração de vitória, mas garante o interesse de todos os jogadores até ao final, evitando desistências antes do tempo. De qualquer forma esta mecânica é opcional e pode ser afinada nas configurações. Se obviamente Mario Party é sinónimo de multijogador, as opções a solo estão muito bem representadas. Além do modo principal ser bastante satisfatório graças ao nível de dificuldade exigente contra a consola, existem mais modos para explorar. Um deles, e bastante interessante, é a jornada de tarefas. Como o próprio nome indica, vamos explorar os tabuleiros, falar com personagens e cumprir objetivos ganhando miniestrelas. É uma reviravolta interessante ao conceito e permite desbloquear conteúdo adicional. Quem goste de algum minijogo em especial ou queira melhorar o seu desempenho pode jogá-los diretamente na baía dos minijogos. Quem prefere jogar com controlos de movimento tem a ilha dinâmica ou as aventuras aéreas onde se exploram vários jogos em volta deste tema. Desde a cozinha rítmica com jogos baseados em ritmo aos Desafios do Bowser com propostas explosivas, há opções para todos os gostos.

As surpresas em Super Mario Party Jamboree não acabam e têm uma longevidade invulgar para um “party game”. O “Koopathlon” é uma maratona de minijogos onde competimos contra dezanove outros jogadores em tempo real, recolhendo moedas e correndo numa pista. Já o “Bowser Kaboom Squad” é um modo cooperativo para oito jogadores onde temos de vencer um Bowser gigante. Super Mario Party Jamboree honra a tradição da série com criatividade, variedade e conteúdo de qualidade para todos os estilos de jogador, afirmando-se como uma das entradas mais completas e divertidas até agora e que será, esperamos, melhorada na Nintendo Switch 2.

Sérgio Mota

Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.