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Fate/Samurai Remnant – Análise

Pela mão da Koei Tecmo chega-nos mais um RPG de ação com elementos de “Musou” notável e que irá encontrar na Nintendo Switch um público acolhedor depois do sucesso de jogos como Hyrule Warriors ou Fire Emblem: Three Hopes. Fate/Samurai Remnant entra pelo universo da série Fates e coloca o jogador na pele de Miyamoto Iori, que tem de triunfar sobre os outros mestres. O enredo desdobra-se ao longo de vários capítulos e contribui para uma longevidade surpreendente, cheio de reviravoltas impressionantes e capaz de explorar as suas personagens de forma aprofundada.

Para os neófitos na série, trata-se de um enredo acessível e que permite uma apreciação completa do jogo, embora um observador menos atento vá passar ao lado de muitos pormenores. A relação entre a personagem principal e a sua serva Saber é envolvente e encontra-se muito bem explorada através de diálogos bem escritos, o que torna a história mais dinâmica e imersiva. As personagens evoluem através de um sistema de árvore de habilidades que segue de perto os padrões contemporâneos. Os controlos são intuitivos e acessíveis, dos jogadores mais versados aos mais iniciados. A execução de combos é simples e proporciona uma sensação de mestria, o que contribui para manter o jogador envolvido e complementa a ação com feitiços arrebatadores. Embora a dificuldade não seja proibitiva, a curva de aprendizagem mantém-se equilibrada ao longo do tempo, o que exige um acompanhamento constante do jogador, e carregar nos botões de forma aleatória não traz resultados. A componente estratégica foi implementada de forma muito competente, e assume ainda maior relevância em secções onde a experiência muda para minijogos por turnos, uma adição bem-vinda que equilibra o ritmo frenético da ação.

Embora o combate seja naturalmente o grande protagonista, o maior destaque vai para a exploração e para os elementos de RPG, o que afasta o jogo dos lugares-comuns habituais dos “Musou” e de forma bem-vinda, retira-lhe uma certa monotonia inerente aos jogos semelhantes. Os mapas vastos trazem-nos uma panóplia de segredos por desvendar, e são complementados por uma direção artística extraordinariamente cativante e implementada de forma minuciosa. Por outro lado, o ritmo do jogo que na globalidade é equilibrado e envolvente acaba por sair prejudicado devido a tempos de carregamento demasiado longos e a perdas de fluidez intermitentes. Apesar disso, Fate/Samurai Remnant traz uma experiência muito cativante e desafiante para os apreciadores do género.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
7 10 0 1
Fate/Samurai Remnant é um RPG de ação com elementos de "Musou" capaz de nos oferecer um enredo envolvente dentro do univero Fates e que se apresenta como uma excelente porta de entrada numa série vasta e complexa. Graças a controlos acessíveis e a uma componente estratégica digna de registo a exploração e combate são bastante interessantes, embora os seus problemas de desempenho, como tempos de carregamento longos e quebras de fluidez, não devam ser esquecidos. No geral, é uma opção atraente para os fãs do género.
Fate/Samurai Remnant é um RPG de ação com elementos de "Musou" capaz de nos oferecer um enredo envolvente dentro do univero Fates e que se apresenta como uma excelente porta de entrada numa série vasta e complexa. Graças a controlos acessíveis e a uma componente estratégica digna de registo a exploração e combate são bastante interessantes, embora os seus problemas de desempenho, como tempos de carregamento longos e quebras de fluidez, não devam ser esquecidos. No geral, é uma opção atraente para os fãs do género.
7/10
Total Score

Pontos positivos

  • Uma experiência envolvente para fãs do género
  • Mapas vastos e cheios de segredos para descobrir
  • Controlos intuitivos e acessíveis a muitos jogadores

Pontos negativos

  • Ritmo de jogo prejudicado por problemas de desempenho
  • Tempos de carregamento longos

Sérgio Mota

Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.