The Ramp – Análise
The Ramp é um jogo assente numa premissa minimalista e cujo propósito é oferecer ao jogador uma experiência de “skateboarding” calma e descontraída, desprovida de quaisquer pressões, objetivos ou pontuações. É o contrário de gigantes do género como Tony Hawk Pro Skater, onde a jogabilidade consiste em executar a combinação de movimentos e truques mais complexa possível.
A interface é sóbria e direta, e o jogo disponibiliza quatro espaços à escolha, três deles encontram-se inicialmente bloqueados até que seja completado o tutorial que decorre no primeiro. É também possível alterar a aparência da personagem em parâmetros como o género e a palete de cores. Estas escolhas são apenas estéticas e não têm qualquer efeito sobre a jogabilidade. The Ramp exibe uma perspetiva isométrica e neste aspeto, partilha muitas semelhanças com Tony Hawk Pro Skater e Jet Set Radio para o Game Boy Advance, mas as semelhanças acabam aqui. O skater desloca-se de forma lenta e automática, cabendo ao jogador incumbir-lhe velocidade com o botão A e controlar a direção com o analógico esquerdo. O analógico direito é responsável pelos truques que se executam no ar. É ainda possível fazer deslizar o skate em superfícies específicas de cada nível, mas isto encontra-se algo limitado pela largura daquelas mesmas superfícies.
Cada truque é acompanhado por uma mensagem que indica o seu nome e o grau de rotação ou distância percorrida consoante o seu tipo. Os controlos são simples e eficazes, e representam perfeitamente a natureza descomplicada do jogo. É bastante simples desde o início completar truques e movimentos visualmente divertidos. No entanto, nota-se a falta de qualquer profundidade ou objetivos, e a experiência torna-se aborrecida rapidamente ao ter em conta a quantidade reduzida de conteúdo que tem para oferecer. O modo de dificuldade “Hardcore” torna os movimentos do jogador mais difíceis mas não propõe um desafio suficientemente distinto que seja capaz de prolongar a longevidade da experiência.
Visualmente The Ramp segue um estilo artístico minimalista e focado no contraste de cores garridas entre cada arena de jogo e o cenário, num mundo simples a três dimensões. A banda sonora é igualmente simples, composta por uma pequena seleção de faixas de hip-hop lofi e que contribuem para um ambiente bastante descontraído. Do ponto de vista das mecânicas, The Ramp é um jogo competente e o seu preço reduzido torna-o bastante apelativo para um público que já sabe o que esperar daqui. É uma pena que não seja mais ambicioso e complexo em torno do seu conceito-base, pois no seu estado é difícil reconhecê-lo como pouco mais do que uma preparação para um jogo potencialmente muito mais divertido.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃOPontos positivos
- Preço baixo
- Controlos simples
- Ambiente minimalista
Pontos negativos
- Pouca variedade de truques
- Pouco conteúdo
- Falta de ambição
Insiste diariamente na superioridade da série Metroid Prime. Habitualmente ocupado a salvar o mundo de mais um deus irado, pausando ocasionalmente para redigir a sua próxima crónica.