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Badland: Game of the Year Edition – Análise

Badland é um jogo de ação e plataformas da Frogmind Studios que se desenrola num mundo em 2D e que viu a luz do dia em 2013 nos dispositivos móveis. Ao longo da última década teve direito a conversões para inúmeras plataformas, incluindo a Wii U. Nesta versão Game of the Year Edition para a Nintendo Switch estão incluídas as melhorias e as adições lançadas ao longo dos anos e que fazem desta uma experiência mais completa.

A mecânica de jogabilidade é simples, mas apresenta algumas nuances. O objetivo é guiar uma criatura que se assemelha a um pássaro e evitar todas as armadilhas e perigos para chegar ao fim do nível com pelo menos uma criatura viva (visto que é possível apanhar itens que clonam o “pássaro”). Para navegar pelos níveis apenas se pode contar com a física do movimento, principalmente a gravidade, e a habilidade de bater as asas para subir. Ao longo do caminho apanhamos “power-ups” e objetos que nos ajudam com os desafios. A quantidade de elementos com que interagimos e uma jogabilidade baseada na física criam uma grande variedade de cenários, ideias e um caos controlado. Para tornar o percurso mais navegável, existem inúmeros itens que trazem propriedades novas às criaturas, como a já referida possibilidade de as clonar, mas também de as tornar pegajosas, maiores ou menores, mais pesadas, mais rápidas ou mais lentas, entre outras. A junção destes itens à interação dos níveis permite criar situações únicas e uma jogabilidade inteligente que se torna mais complexa com a adição de novos elementos em quase todos os níveis. Por exemplo, uma secção requer que se tenha pelo menos dois pássaros e que com a física e movimento constante, estes sejam separados por meio de uma intersecção no cenário. Isto permite que se apanhem itens que modificam as propriedades dos pássaros mas de forma independente, podendo assim o jogador sacrificar um pássaro para parar um objeto do cenário enquanto o outro avança. Por outro lado, os pontos de salvaguarda algo inconsistentes podem tornar-se frustrantes.

Uma das características distintivas de Badland é o seu estilo visual. O jogo apresenta uma direção artística extremamente estilizada, os níveis e as criaturas são completamente negras, enquanto se encontram algumas luzes de cores fortes que contrastam com o cenário. O resultado é uma mistura entre um ambiente apocalíptico, cibernético e “steampunk”. Peca pela falta de variedade ao longo da centena de níveis com uma temática que muda a cada dez níveis. A componente sonora é razoável, e contribui para a envolvência da experiência. Badland conta também com uma componente multijogador onde os jogadores competem uns contra os outros em desafios baseados em habilidades. Além da campanha para jogadores a solo, é possível também enfrentar desafios cooperativamente até quatro jogadores, bem como jogar um modo versus com cenários exclusivos em que ganha o jogador que sobreviver.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
7 10 0 1
Badland: Game of the Year Edition é um jogo divertido e desafiante com imenso conteúdo para explorar. A jogabilidade é simples, mas bem executada, tal como as suas características visuais. Pelo preço baixo, Badland é uma escolha a ter em conta.
Badland: Game of the Year Edition é um jogo divertido e desafiante com imenso conteúdo para explorar. A jogabilidade é simples, mas bem executada, tal como as suas características visuais. Pelo preço baixo, Badland é uma escolha a ter em conta.
7/10
Total Score

Pontos positivos

  • Muito conteúdo
  • Jogabilidade inteligente
  • Direção artística...

Pontos negativos

  • ...mas que poderia oferecer maior variedade
  • Pontos de salvaguarda algo inconsistentes

Nuno Nêveda

Calorias, nutrientes e Nintendo. Três palavras que definem o maior fã de F-Zero cá do sítio. Adepto de hábitos alimentares saudáveis, quando não anda atrás de uma balança, costuma estar ocupado com as notícias mais prementes e as análises mais exigentes.