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Beyond Blue – Análise

Os mistérios escondidos nas profundezas dos oceanos sempre cativaram gerações de exploradores. Ainda se encontram muitos segredos por descobrir na vastidão das águas profundas e ecossistemas incríveis para conhecer. Numa abordagem inclusiva, ao estilo de Never Alone, a E-Line Media juntou-se à BBC (criadora do aclamado Planeta Azul II) e à OceanX Media para desenvolver Beyond Blue, um jogo cuja experiência reflete o mistério infinito e as maravilhas incríveis do coração azul do nosso planeta.

Com bastante ênfase no enredo contado através dos olhos de Mirai, cientista e exploradora do fundo do mar, começamos por rastrear uma família de cachalotes e a sua cria. Contudo o caminho faz-se seguindo outras espécies, descobrindo comportamentos e características específicas de cada ser dos mares. O ângulo educativo está sempre presente, e existe ainda uma densidade narrativa adicional com momentos mais emotivos da vida de Mirai. São abordados problemas familiares e profissionais, por exemplo, que ajudam a criar mais empatia com a personagem principal ao longo das três horas que dura a campanha, mesmo que os diálogos não sejam muito trabalhados.

A jogabilidade resume-se a nadar e rastrear criaturas diferentes. Se funciona bem, torna-se rapidamente demasiado simplista. Lamenta-se por isso a ausência de momentos de interação com o mundo vasto a explorar. No entanto Beyond Blue faz um bom trabalho em tornar os oceanos espaços contemplativos, essa é sem dúvida uma das forças deste jogo. Junte-se a isso uma banda sonora condizente com o espírito da ação.

Infelizmente esta entrada na Nintendo Switch perde parte da força contemplativa com um grafismo substancialmente mais pobre que as versões de outras plataformas. As cores são menos garridas e falta clareza nos visuais, o que acaba por limitar uma das componentes essenciais em Beyond Blue.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
6 10 0 1
Uma aventura curta mas inspiradora e fascinante, que acaba por ser prejudicada por uma adaptação menos cuidada para a Nintendo Switch. Pelo caminho, perde-se alguma imersão contemplativa.
Uma aventura curta mas inspiradora e fascinante, que acaba por ser prejudicada por uma adaptação menos cuidada para a Nintendo Switch. Pelo caminho, perde-se alguma imersão contemplativa.
6/10
Total Score

Pontos positivos

  • Fascinante e inspirador
  • Mensagem educativa relevante

Pontos negativos

  • Jogabilidade demasiado simplista
  • Aventura de curta duração
  • Grafismo longe do que seria esperado

Nuno Nêveda

Calorias, nutrientes e Nintendo. Três palavras que definem o maior fã de F-Zero cá do sítio. Adepto de hábitos alimentares saudáveis, quando não anda atrás de uma balança, costuma estar ocupado com as notícias mais prementes e as análises mais exigentes.