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Crysis Remastered Trilogy – Análise

O “remaster” do primeiro jogo da série Crysis chegou há pouco mais de um ano. É agora a vez de um “remaster” dos três primeiros jogos aterrarem na Nintendo Switch sob a forma de uma trilogia, concluindo assim a estreia da série numa consola da Nintendo.

Este texto incide maioritariamente sobre o segundo e terceiro capítulos da trilogia, o “remaster” do primeiro jogo na Switch já foi alvo de uma análise em agosto de 2020 que pode ser consultada aqui. Para os fãs do original que não tiveram contacto com as sequelas, tratam-se de jogos bastante diferentes na sua estrutura e progressão, optando por níveis mais lineares e mais ênfase no enredo e sequências cinemáticas.

Crysis 2 troca a ação livre e destrutiva do original por momentos de mais concentrados numa representação da cidade de Nova Iorque assolada por uma espécie alienígena responsável pela proliferação do vírus Manhattan, doença mortal que causa a destruição celular de organismos terrestres. O jogador tem várias formas de abordar cada situação e dadas as melhorias feitas à jogabilidade desde o primeiro título, as possibilidades são mais numerosas e mais divertidas de executar. Seja a deslocarmo-nos furtivamente de um objetivo para outro com as capacidades de camuflagem do “Nanosuit” ou a confrontar diretamente inimigos em tiroteios frenéticos possibilitados pela movimentação sobrenatural do nosso fato, estas opções acabam por colmatar a aparente falta sensação de liberdade que parece afetar-nos no início.

Crysis 3 por outro lado reverte algumas opções estruturais assumidas no segundo jogo, oferecendo um leque de áreas espaçosas semelhantes às do primeiro capítulo, bem como a introdução de novas habilidades e a alteração de outras, levando a mais formas de abordar cada confronto e missão. Os movimentos furtivos passaram por bastantes modificações, sendo agora possível a deslocação invisível por maiores períodos de tempo, melhorando também a forma como os inimigos reagem aos nossos movimentos, agora mais dinâmica e natural.

Do ponto de vista das mecânicas de jogabilidade, o terceiro capítulo é certamente o melhor, apresentando melhorias em quase todas as vertentes incluindo as armas e o controlo de veículos. É o jogo mais curto, com um ato final que mais se assemelha a um filme do que a um jogo de ação. O enredo também entra por territórios desconhecidos e nunca mais o vemos, culminando num final que é (no mínimo) peculiar. Isto não deve ser um fator negativo de peso na avaliação da qualidade geral do jogo, uma vez que não é um dos seus pontos dominantes. Já a duração curta pode ser uma determinante, uma vez que tal como no anterior, não existe nenhuma componente multijogador.

Ambos os jogos são de excelente qualidade no que toca às suas conversões, com excelentes ambientes visuais e desempenhos estáveis até em situações mais agitadas, mesmo no ecrã da Switch. O jogo de menor destaque acaba por ser o primeiro, que mesmo tratando-se de uma versão competente, não apresenta a fluidez das sequelas.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
8 10 0 1
Ignorando a ausência de uma vertente multijogador e o seu preço elevado, a estreia da trilogia Crysis numa consola Nintendo não poderia ter sido melhor. Três pontos altos dos FPS que continuam muito bons de se jogar mais de uma década depois.
Ignorando a ausência de uma vertente multijogador e o seu preço elevado, a estreia da trilogia Crysis numa consola Nintendo não poderia ter sido melhor. Três pontos altos dos FPS que continuam muito bons de se jogar mais de uma década depois.
8/10
Total Score

Pontos positivos

  • Visualmente impressionante
  • Tecnicamente bem implementado
  • "Nanosuit" continua muito divertido

Pontos negativos

  • Alguns tempos de carregamento longos
  • Falta de multijogador

Diogo Caeiro

Insiste diariamente na superioridade da série Metroid Prime. Habitualmente ocupado a salvar o mundo de mais um deus irado, pausando ocasionalmente para redigir a sua próxima crónica.