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SGC – Short Games Collection #1 – Análise

Short Games Collection #1 é uma coletânea de cinco jogos oriundos de estúdios independentes cujo lançamento individual faria pouco sentido devido à simplicidade das obras aqui presentes. Englobados num todo consegue-se um produto mais apelativo e interessante de se descobrir. O catálogo escolhido destaca-se desde logo pela variedade e simplicidade das propostas, que vão de conceitos à partida sem espaço num videojogo como pagar os impostos ao extremo de controlar um olho ao longo de uma esfera.

Dado que cada jogo vem de um estúdio diferente, alguns têm uma melhor execução técnica que outros mas globalmente, trata-se de uma panóplia bastante equilibrada neste aspeto. A interface é extremamente original: o uso propositadamente excessivo do HD Rumble na introdução contrasta com a calma e serenidade do menu, aqui mergulhamos num oceano onde os jogos se encontram escondidos entre elementos marítimos; já os menos pacientes têm um menu de seleção direto e mais simples. Cada jogo tem uma pequena nota introdutória explicativa, para informar o jogador antes de nos iniciarmos.

Cada jogo aqui presente desenvolve-se de forma independente. A Game Literally About Doing Your Taxes chega pelas mãos da Not a Sailor Studios e o título diz quase tudo o que precisamos de saber. Um estilo reminiscente dos jogos para DOS onde com algum humor à mistura, somos incentivados a usar auscultadores para uma experiência mais completa. O desafio é organizar a correspondência de forma coerente. Uranos é a proposta da Not a Game Studio com uma vertente multijogador que é uma variante do clássico Snake, onde controlamos um olho alado numa esfera e cujo rasto representa um obstáculo a ser evitado. O destaque vai para o uso excessivo de variações cromáticas que dificultam a nossa concentração e tornam o desafio mais difícil. Ghostein é o jogo da Parampara que nos remete para um campo de concentração na Segunda Guerra Mundial de onde a nossa personagem tenta fugir com a ajuda do fantasma do seu falecido pai. É necessário colocar posters de maneira exímia, o que representa um verdadeiro desafio sendo este o mais interessante dos cinco jogos aqui presentes.

Swallow the Sea de Maceo bob Mair e Nicolas Delgado remete o jogador para um micro-organismo que se desenvolve absorvendo os demais ao longo do cenário. Uma experiência fugaz mas viciante e com muito potencial latente. Para terminar temos The Good Time Garden dos autores James Carbutt e Will Todd, um jogo repleto de conteúdo de cariz sexual camuflado com uma direção artística reminiscente das ilustrações de contos infantis. É o jogo mais complexo da coletânea, obrigando o jogador a descobrir o seu rumo sem grandes tutoriais ou indícios.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
6 10 0 1
Juntar estes jogos num único lançamento em vez de os colocar na eShop em separado contribui para criar um produto muito mais interessante. A escolha é bastante variada e a apresentação é exemplar. No entanto, é difícil de recomendar face ao preço, dado que nesta gama existem bastantes coletâneas de qualidade no catálogo da Nintendo Switch.
Juntar estes jogos num único lançamento em vez de os colocar na eShop em separado contribui para criar um produto muito mais interessante. A escolha é bastante variada e a apresentação é exemplar. No entanto, é difícil de recomendar face ao preço, dado que nesta gama existem bastantes coletâneas de qualidade no catálogo da Nintendo Switch.
6/10
Total Score

Pontos positivos

  • Cinco jogos variados de origens diferentes
  • Boa apresentação de menus e opções

Pontos negativos

  • Longevidade muito reduzida
  • Preço pouco competitivo

Sérgio Mota

Após passar grande parte da sua infância em Hyrule e no Mushroom Kingdom dedica-se agora a explorar o vasto universo digital que o rodeia. Embora seja entusiasta de novos títulos é possível encontrá-lo frequentemente a revisitar os clássicos.