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Super World War – Análise

Super World War apresenta-se como um jogo de estratégia por turnos com uma dose de humor e irreverência. Em vez de seguir uma via de realismo militar, opta por caricaturas de líderes mundiais, mapas com subdivisões hexagonais e batalhas entre facções extravagantes que competem pelo controlo global após o desaparecimento misterioso do presidente do mundo. O conceito pode parecer simples, mas o jogo consegue surpreender ao misturar uma mecânica familiar com ideias próprias, como fusão de unidades, condições ambientais variáveis e armas especiais para cada líder que podem virar o jogo a nosso favor nos momentos decisivos.

No campo da jogabilidade, Super World War lembra alguns clássicos de estratégia, mas introduz alterações interessantes. As unidades têm vida e munições limitadas, o que obriga o jogador a gerir recursos e a pensar bem antes de avançar. A fusão de unidades para fortalecer o grupo é uma mecânica útil e inteligente, e o uso do terreno, onde se inclui a possibilidade de esconder as unidades em florestas, aproveitar colinas, ou cruzar rios gelados traz ao jogo uma profundidade tática digna de registo. A arma do líder, ativada em momentos críticos, provoca momentos dramáticos ao mudar o rumo de uma batalha difícil. No entanto, o ritmo das batalhas pode arrastar-se nos mapas grandes, especialmente quando se acumulam muitos efeitos visuais e animações, e há momentos em que parecemos estar mais tempo a assistir do que a participar nas batalhas. A vertente narrativa é divertida e ligeira. Os líderes têm personalidades excêntricas e diálogos caricaturais que são mais absurdos do que profundos e eloquentes. Isto funciona bem como tempero para um jogo de estratégia que não se leva demasiado a sério. O enredo serve sobretudo como motivo para avançar pelas missões, mas está longe de ser memorável. O foco está mais nas batalhas e nas missões do que no enredo.

Visualmente, Super World War é um jogo que em prcinípio poderia sofrer bastante num hardware modesto como o da Nintendo Switch original. Mas a verdade é que a direção artística foi criada para acomodar essas limitações: mapas com cores distintas, unidades estilizadas e efeitos visuais que não exageram no pormenor. As animações são simples mas funcionais. Podemos ver tropas a deslocarem-se, explosões modestas e efeitos de ambiente como neblina ou rios gelados. Em zonas mais complexas ou com muitos efeitos, a resolução e o nível de pormenor são mais baixos, mas ainda assim o jogo mantém-se legível e geralmente agradável ao olhar. No som, o jogo conta com uma banda sonora enérgica que acompanha bem o seu tom “cartoon” e amigável. Os efeitos sonoros como disparos, colisões, e mobilidade de unidades podem não ser muito impressionantes mas cumprem a sua função. Os diálogos e som ambiente fazem o suficiente para manter a atenção do jogador, ainda que não sejam únicos e inesquecíveis.

É no desempenho que se justificam algumas reservas quanto a Super World War. A fluidez tende a ficar-se pelos 30 fps na maioria das missões, mas em mapas grandes com muitas unidades e efeitos simultâneos é possível observar pequenas quedas. As transições e os tempos de carregamento entre mapas diferentes ou menus também requerem paciência, uma vez que são relativamente demorados, mas também não chegam a ser desesperantes.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
7 10 0 1
Para quem aprecia estratégia clássica e deseja um jogo ligeiro e divertido, Super World War é uma adição interessante ao catálogo da Nintendo Switch. Mesmo com as suas limitações, o estilo, humor e mecânicas compensam o investimento. Para fãs de Advance Wars e outros joso semelhantes, é uma proposta que vale a pena experimentar.
Para quem aprecia estratégia clássica e deseja um jogo ligeiro e divertido, Super World War é uma adição interessante ao catálogo da Nintendo Switch. Mesmo com as suas limitações, o estilo, humor e mecânicas compensam o investimento. Para fãs de Advance Wars e outros joso semelhantes, é uma proposta que vale a pena experimentar.
7/10
Total Score

Pontos positivos

  • Mecânicas táticas interessantes
  • Direção artística e humor tornam as batalhas mais leves

Pontos negativos

  • Enredo pouco memorável
  • Ritmo lento e batalhas que se prolongam excessivamente
  • Alguns compromissos técnicos

Nuno Nêveda

Calorias, nutrientes e Nintendo. Três palavras que definem o maior fã de F-Zero cá do sítio. Adepto de hábitos alimentares saudáveis, quando não anda atrás de uma balança, costuma estar ocupado com as notícias mais prementes e as análises mais exigentes.

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