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Lynked: Banner of the Spark – Análise

Lynked: Banner of the Spark apresenta-se como uma fusão entre ação rápida e simulação de comunidade num ambiente futurista dominado por robôs. No ano 30XX, o mundo foi tomado de assalto por robôs malignos e o jogador, com a ajuda de companheiros mecânicos chamados Unibots, tenta reconstruir uma comunidade e devolver a esperança ao planeta. O enredo é simples e serve apenas de móbil para a aventura, mas imprime-lhe um tom otimista graças às personagens robóticas que dão vida ao cenário pós-apocalíptico colorido do jogo.

O jogador controla um dos últimos humanos sobreviventes acompanhado por Buddy, um robô com quem se estabelece uma relação funcional e simbiótica. Essa parceria permite movimentos especiais e mecânicas de combate únicas, como um gancho que pode agarrar inimigos ou objetos, conferindo mais mobilidade ao herói. No combate, o jogo oferece uma mistura de ataques corpo-a-corpo, esquivas e habilidades especiais em modos de arena ou “dungeon”, normalmente inundados de ondas de inimigos robóticos. Alternar entre armas ligeiras e pesadas ou diferentes estilos de combate é importante para nos adaptarmos às variações de inimigos. No entanto, com o tempo percebe-se que os confrontos não evoluem muito pois faltam inimigos realmente desafiantes ou capazes de nos surpreender. O sistema de “upgrades” temporários para cada missão (modificadores que duram apenas até ao fim de cada missão) traz alguma variedade, mas nem sempre consegue evitar uma certa sensação de repetição nas sessões mais longas.

Enquanto isso, quando não se está em combate, Lynked incentiva a construção e expansão de uma aldeia robótica. Os robôs resgatados nas missões ajudam a instalar oficinas, fornecer serviços ou aprimorar a estrutura da comunidade. Esta vertente de simulação é uma lufada de ar fresco entre os combates, e traz ao jogador momentos de calmaria, personalização e conexão com o mundo do jogo. Ver a aldeia crescer e interagir com os robôs cria uma sensação muito bem-vinda de progresso no desenrolar do jogo.

No que toca ao estilo visual, Lynked segue uma estética colorida e cartunesca, com robôs simpáticos e cenários bem definidos. Os ambientes variam entre ruínas futuristas, áreas industriais e florestas mecânicas, todos com uma linguagem visual coesa que casa bem com o tom leve do jogo. As animações são interessantes, os robôs movem-se com fluidez, os combates deixam uma boa impressão visual, e os desenhos das NPCs robóticas são bastante expressivos, mesmo sem vozes convencionais. O som complementa bem o universo do jogo: a banda sonora combina temas enérgicos durante os combates com músicas mais serenas durante os momentos de exploração e dedicados à comunidade. Os efeitos sonoros são bem trabalhados e seguem muito bem cada ação que realizamos. Quanto às vozes, os robôs comunicam através de sons eletrónicos e efeitos sonoros robóticos em vez de falas inteiras, o que lhes dá um certo caráter.

Na versão Nintendo Switch original, Lynked sofre com limites técnicos esperados devido ao formato. O desempenho mantém-se sempre em torno dos 30 fps, o que é estável na maior parte do tempo, mas em sequências muito carregadas ou com muitos efeitos visuais podem ocorrer algumas perdas ligeiras de fluidez. A resolução gráfica é sacrificada com menos pormenores na imagem, e ao jogar no ecrã da Switch esse défice torna-se mais evidente, com um aspeto ligeiramente desfocado em cenários mais complexos. Os tempos de carregamento são mais longos do que seria desejável, mas não se tornam um obstáculo à experiência

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
7 10 0 1
Lynked: Banner of the Spark na Switch original é uma experiência interessante apesar das limitações do "hardware". Cumpre muito bem ao conseguir juntar ação a uma vertente mais descontraída de construção da comunidade, apresentando um equilíbrio interessante entre os dois estilos de jogo. Os combates podem não ser excecionais e o desempenho exige concessões, mas o apelo, a proposta dupla e a sensação de progresso compensam. Uma boa aposta no catálogo da Switch para quem quer algo ligeiro, criativo e com personalidade.
Lynked: Banner of the Spark na Switch original é uma experiência interessante apesar das limitações do "hardware". Cumpre muito bem ao conseguir juntar ação a uma vertente mais descontraída de construção da comunidade, apresentando um equilíbrio interessante entre os dois estilos de jogo. Os combates podem não ser excecionais e o desempenho exige concessões, mas o apelo, a proposta dupla e a sensação de progresso compensam. Uma boa aposta no catálogo da Switch para quem quer algo ligeiro, criativo e com personalidade.
7/10
Total Score

Pontos positivos

  • Mistura original entre ação e simulação
  • Estilo visual simpático e coerente
  • Vertente interessante de construção

Pontos negativos

  • Combate repetitivo a longo prazo
  • Tempos de carregamento demorados

Nuno Nêveda

Calorias, nutrientes e Nintendo. Três palavras que definem o maior fã de F-Zero cá do sítio. Adepto de hábitos alimentares saudáveis, quando não anda atrás de uma balança, costuma estar ocupado com as notícias mais prementes e as análises mais exigentes.

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