Gamescom 2025 – Collector’s Cove

Este jogo “indie” do estúdio alemão VoodooDuck não tenta esconder as suas inspirações em clássicos incontornáveis como Animal Crossing e Harvest Moon, mas não se limita a copiar o legado daquelas séries. Em Collector’s Cove juntamos a experiência de um jogo acolhedor e de combate ao stress com a navegação e descoberta de ilhas geradas de forma aleatória num barco puxado por um adorável… dinossauro?, outro tipo de espécie fictícia que não devemos mencionar para não ter problemas legais?, algo entre os dois?, …seja como for, é uma criatura muito afável de nome Birgit.
Ao contrário do que acontece nas séries supracitadas, não vamos dedicar-nos a atividades agrícolas em terra firme: a nossa quinta é cultivada no convés do navio. Invulgar, sim, mas não deixa de ser interessante. Ao encontrar uma ilha, vamos atracar o nosso pequeno navio e começar a procurar recursos que vão ser úteis para a nossa produção agrícola. Vamos também entrar em minijogos, onde encontramos a presença obrigatória da pesca (vamos mesmo ter de fazer oferendas de peixe a estátuas que se encontram nas ilhas) e alguns momentos de combate, mas longe da intensidade e dureza que se encontra noutros jogos. O objetivo último é atingir uma coleção completa de todas as espécies de peixe e de cultivo que se encontram no jogo.
Embora a demo disponível na Gamescom 2025 ainda se encontre num ponto de desenvolvimento algo inicial, Collector’s Cove promete várias ilhas com as suas próprias espécies agrícolas e piscícolas, um oceano de grandes dimensões (embora não pareça demasiado grande ao ponto de nos aborrecer), uma relação com Birgit que nos vai trazer vantagens se ela estiver mais feliz (sim, é preciso ter alguns indicadores em atenção), e um ambiente audiovisual simples mas que cumpre bem o seu papel de nos inserir num mundo simpático e acolhedor. Pelo que foi possível experimentar, as mecânicas do jogo encontram-se bem implementadas na demonstração disponível, ainda que alguns pontos do minijogo de pesca transmitam a impressão que os controlos precisam de ser um pouco mais apurados. Nota positiva também para as dimensões físicas, suficientemente grandes para nos dar a impressão de um mundo convidativo, mas não demasiado exageradas ao ponto de se tornarem demasiado monótonas.
Embora Collector’s Cove não tenha data de saída definida além de apontar para um lançamento na Nintendo Switch durante o ano de 2026, anuncia-se como um jogo “indie” capaz de encaixar bastante bem no segmento de jogos acolhedores e que nos deixam respirar.

Apreciador de jogos de outras épocas, não diz que não a uma boa obra dos nossos tempos. Diz-se que é por ele que passam os textos antes da publicação, o que significa que é uma espécie de boss final da escrita para os outros membros da equipa.